RELEMBRANDO PAPAI - por Chico Teixeira
RELEMBRANDO PAPAI
Tarefa
fácil e satisfatória para quem teve um pai sempre presente em todos os momentos
e situações de vida. Mauro Teixeira (seu
Mauro), homem integro, amigo, religioso e acima de tudo honesto. Um bom pai e
sempre responsável pelo bem-estar de sua família. Carinhoso para com seus
filhos e esposa, sempre brincalhão para com todos.
Aqui
narro algumas situações vividos ao seu lado: Na fazenda Vera Cruz, sua primeira
morada depois de casado, logo cedo acompanhava-o ao curral para a tirada e bebida de leite. Recordo os banhos
deliciosos na Barragem onde me ensinou a nadar. Tinham os batalhões para a
limpeza do plantio de café junto com os trabalhadores. E as idas para as festas
de S.João, Sta Luzia, Natal, Ano Novo, etc. Eram constantes também as visitas e
fiscalizações à sua querida Mata Atlântica. E eu ia tudo isso ao seu lado.
Em
Chã Preta, no Carnaval, sempre com suas fantasias especialmente a de garçom. Ia
assistir aos jogos de futebol, Cavalhadas e Missas aos domingos.
Em
Viçosa a feira aos sábados empurrando o carro de mão de madeira com as compras
e assistir jogos de futebol na CICA, quando seu time 44 jogava. Ir ao cartório
onde era tabelião, simplesmente para sentar naquelas poltronas, achava o
máximo.
Por
fim Maceió, sua última morada. Íamos à feira no Mercado da Levada. Nas férias
de meio e final de ano, arrumação do seu fusquinha que carregava passarinho,
galinha, gato, cachorro e meninos, e ele com a maior satisfação de servir seus
queridos filhos. Muito emocionante relembrar esses fatos, como também
acompanhá-lo ao campo da Pajuçara às partidas de futebol do seu e nosso
glorioso Clube de Regatas Brasil (CRB) e apreciar aquela deliciosa raspadinha. Orientou-me nas primeiras aulas
de habilitação em seu fusquinha, quando só deixava a gente pegar na direção ao
passar Atalaia. As muitas horas de jogos de gamão, baralho (buraco, relancinho,
mau-mau, etc), e o seu velho dominó, quando sempre dizia: você não ganha uma. Pois é, são muitos momentos, todos
inesquecíveis, sempre em companhia de
sua querida amiga e conselheira esposa Dona Fruta.
100
anos completaria papai. Sua ausência
para mim é só física, porque ele continua vivo em minha mente, em nosso
dia-a-dia. De Chico Sálvio.